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Foto do escritorNelson Pinheiro

Pastilha de freio: pare agora e aprenda sobre esse tema!


A pastilha de freio é um componente com influência direta sobre o conforto e a segurança dos automóveis. Apesar de sua importância, essas peças não recebem a devida atenção de boa parte dos consumidores finais.

E é por essa razão que desenvolvemos este conteúdo para você. Afinal, conscientizar-se do funcionamento e durabilidade das pastilhas é algo fundamental para garantir a tranquilidade nas estradas, no dia a dia na cidade ou em qualquer outra situação.

Preocupados em elaborar o melhor conteúdo possível, contamos com o auxílio de um grande profissional do nosso quadro de engenheiros, André Brezolin, que nos trouxe uma série de informações interessantes sobre o tema. Acompanhe!


O que são e como funcionam as pastilhas de freio?

Essencialmente, as pastilhas são componentes que integram o sistema do freio a disco de um veículo. Sendo assim, não são encontradas nos freios a tambor, que, em seu lugar, utilizam as chamadas lonas de freio.

Descrevendo a anatomia de uma pastilha, percebemos que elas contêm algumas características fundamentais para a qualidade da desaceleração. São elas: ranhuras e chanfros — responsáveis pela manutenção do conforto e a obstrução de ruídos na frenagem.

Já quanto ao funcionamento, entenda que as pastilhas promovem a desaceleração do carro ao entrar em contato com os discos de freio. O atrito entre essas peças implicará a redução da velocidade nas rodas.

Que tal irmos mais a fundo? Confira, ponto a ponto, como ocorre a frenagem de um veículo equipado com esse sistema de freio:

  • o motorista aciona o pedal de frenagem;

  • a ativação do pedal bombeia o fluido do cilindro-mestre para o sistema de freio;

  • as pinças recebem a pressão hidráulica, oriunda da ativação do pedal, e empurram as pastilhas em direção ao disco;

  • as pastilhas envolvem os discos, geram atrito e, consequentemente, diminuem a aceleração da roda.

Um grande ponto a favor dos freios a disco está na linearidade da frenagem, que ocorre sem engasgos, surpresas ou patinadas. Dessa maneira, todo o evento da frenagem será proporcional à pressão aplicada ao pedal, garantindo estabilidade ao veículo e sensação de controle ao condutor.


Qual a importância de mantê-las sempre em ordem?

Já imaginou ter de parar o veículo e não conseguir? Além de essa ser uma situação que causa desespero, ela coloca em risco a sua vida e a de outras pessoas, pois facilita (e muito) a ocorrência de um acidente.

Considerando que a pastilha é o componente responsável por parar o veículo, fica ainda mais claro que o principal motivo para você mantê-la sempre em perfeitas condições é a garantia da segurança de todos os envolvidos no trânsito.

Além disso, há outros fatores que influenciam a necessidade de manter as pastilhas de freio em ordem. Uma delas diz respeito à performance do veículo. Isso, porque, quando esse componente está desgastado, pode-se perceber alguns sinais que afetam o desempenho do carro, como:

  • quando o sistema de freio é acionado, o veículo tende a virar para um dos lados;

  • ruídos frequentes;

  • vibrações durante a frenagem;

  • pedal muito duro ou muito baixo;

  • falta de frenagem.

Evite gastos extras com manutenção

Todas essas alterações atrapalham o bom desempenho do carro. Por isso, mais abaixo neste conteúdo, vamos abordá-las com mais calma. Por agora, basta saber que, quando ignoradas, elas prejudicam outros sistemas do veículo. Essa situação nos leva para outro problema: o aumento dos gastos com manutenções.

Trocar as pastilhas de freio não requer despesas elevadas, mas revisar todo o sistema de freio, por exemplo, pode sair muito caro para o seu bolso. Afinal de contas, como acontece com qualquer conjunto mecânico, a garantia de um bom funcionamento depende da ação coordenada e precisa entre os componentes que compõem o sistema.

Sendo assim, quando um deles apresenta algum tipo de desgaste e a manutenção é negligenciada, os demais componentes serão afetados com o tempo. Logo, será visível o surgimento de problemas no motor, suspensão e pneus, resultando no aumento do consumo de combustível e acrescentado outro custo para o seu bolso.

Os motivos para você manter as pastilhas de freio em ordem estão bastantes claros. O primeiro é a segurança; o segundo, o bom desempenho do carro; e o terceiro, a economia. Por isso, fique atento aos prazos de manutenção e não deixe para trocar esse componente na última hora.

Quais são os diferentes tipos de pastilha de freio?

As pastilhas podem ser encontradas em inúmeros materiais, cada qual mais adequado para determinadas situações. Sendo assim, elencamos, abaixo, os quatro principais, que compõem as melhores pastilhas de freio do mercado. Confira!

Cerâmicas

São as mais leves, resistentes e adequadas aos veículos de alta performance. Seus destaques:

  • composição: agentes de ligação, enchimentos não ferrosos e, majoritariamente, fibras cerâmicas;

  • prós: mais leves, muito silenciosas, desgaste lento, frenagem mais precisa e suave, super resistentes a altas temperaturas;

  • contra: em função de seu refinamento na construção, as cerâmicas têm o maior valor do mercado, sendo menos acessíveis que os modelos convencionais;

  • conclusão: são excelentes pastilhas, mas com os maiores preços.

Metálicas

São excelentes pastilhas que priorizam o melhor custo em função de seu desempenho. Seus destaques:

  • composição: liga de aço, cobre, ferro e grafite;

  • prós: ótimo desempenho e alta durabilidade;

  • contras: dependendo da composição, podem apresentar menor controle de ruídos frente ao material cerâmico.

  • conclusão: a melhor opção custo-benefício, entregando, por um preço intermediário, uma alta eficiência na frenagem.

Semimetálicas

As pastilhas semimetálicas funcionam de forma muito similar às metálicas. Porém, variam componentes em sua composição. São produzidas a partir da liga de diversos materiais, como cobre, ferro, aço e grafite.

Apresentam alta resistência e sofrem pouco desgaste, tendo em vista que o calor é dissipado de forma mais eficiente.

Orgânicas

Por fim, as pastilhas de menor custo. Entenda suas características:

  • composição: liga de aramida, grafite e resinas sintéticas;

  • prós: boa resistência térmica, frenagem silenciosa e baixo custo;

  • contra: menor durabilidade;

  • conclusão: a opção mais acessível, que entrega um desempenho satisfatório em função do menor valor.

O que determina a qualidade na escolha desse componente?

Essas peças operam sob altíssimo estresse. Sendo assim, pastilhas de qualidade diferenciam-se das convencionais em três fatores: resistência, durabilidade e performance. Entenda!

Durabilidade

A peça precisa ser adequada à finalidade do veículo. No caso dos automóveis que frequentemente transitam por trechos lamacentos e empoeirados, os ditos off-road, por exemplo, as pastilhas tendem a apresentar um desgaste acelerado. O motivo é a maior exposição aos detritos.

Ainda, essa peça terá uma durabilidade diferenciada nos carros de circulação permanente, como os táxis. Comparados aos veículos de passeio, esses carros apresentarão um desgaste muito maior, apesar de trafegarem quase que exclusivamente em trechos pavimentados.

Sendo assim, ao definir qual pastilha instalar, é fundamental considerar a finalidade do veículo.

Performance

Pastilhas de alta qualidade apresentam um desempenho de frenagem muito próximo ao das pastilhas originais, sendo importante considerar as especificações das peças que equipavam o carro de fábrica. Dessa maneira, garante-se que o comportamento dinâmico do veículo esteja dentro da margem segura projetada.

Resistência

A resistência mecânica é um quesito indispensável para uma pastilha de qualidade. Esse critério tão importante é o que determinará a solidez da peça, que deverá impedir que ocorra uma quebra durante sua utilização.

Por isso, a pastilha precisa apresentar boa qualidade de construção, geralmente endossada por uma fabricante comprometida com a integridade de seus produtos e a segurança de seus clientes.

Esse critério se sobressai aos outros justamente pela potencial fatalidade em caso de falha. A quebra de uma pastilha proporcionará uma infeliz surpresa, com a perda abrupta da frenagem — ao contrário de uma pastilha gasta, que entregará uma desaceleração pouco eficaz, mas ainda existente.

Enfim, as pastilhas precisam reunir essas virtudes para entregar qualidade técnica ao usuário. Elas devem frear bem, apresentar boa durabilidade e, sobretudo, garantir a segurança e o controle ao condutor, sem abrir espaço para a possibilidade de quebra durante sua utilização.

Quais sinais indicam desgaste nas pastilhas de freio?

Como mencionamos, quando desgastadas, as pastilhas emitem alguns sinais a que você precisa estar atento. É importante deixar claro que as dicas mencionadas aqui valem tanto para o sistema a disco quanto para o sistema a tambor, ok? Tendo isso em mente, vamos conhecer os principais indicativos de que chegou a hora de fazer a manutenção. Confira!

Veículo desviando para um dos lados durante a frenagem

Se o cliente chegou para você com a queixa de que, ao acionar o freio, o veículo pende para um dos lados, esse é um indicador de que o sistema de freio do carro não está operado de forma correta.

Um dos motivos mais comuns desse problema, por exemplo, é quando os êmbolos da pinça sofrem uma oxidação ou apresentam algum tipo defeito que os faz agarrar e não operar corretamente. Essa falha é responsável por causar o desgaste prematuro das pastilhas, pois a força aplicada em cada roda durante a frenagem será diferente.

Outra situação que pode colaborar para o surgimento desse problema é a presença de mangueiras entupidas. O mesmo com discos de freio empenados. Nesses casos, além do “desvio” da direção, outros sinais serão perceptíveis, como alterações no pedal e vibrações ao acionar o sistema de frenagem.

Vale ressaltar que, quando o carro “puxa” para um dos lados sem a interferência do condutor, também é necessário fazer a revisão das rodas, direção e suspensão.

Ruídos agudos

Os ruídos fazem parte do sistema de frenagem, principalmente quando as pastilhas de freio ou as lonas são recém-trocadas. Contudo, esse sinal se torna preocupante quando o barulho cessa e volta depois de um longo tempo de uso. Normalmente, isso é consequência do desgaste das pastilhas ou de instalações malfeitas. Pastilhas de alta qualidade apresentam elevado controle na emissão de ruídos, quase imperceptíveis ao condutor quando corretamente instaladas.

Vibrações

Assim como acontece com os ruídos, as vibrações são aceitáveis apenas até um determinado ponto. Em veículos com freio ABS, por exemplo, é normal que o pedal de freio balance um pouco durante uma frenagem brusca. O caso se torna preocupante quando a vibração se estende para o volante.

Geralmente, tambor deformado, disco ou cubo de roda empenados podem ser a causa principal desse problema. Sendo assim, é necessário realizar uma inspeção completa para obter um diagnóstico preciso.

Além disso, tenha muito cuidado com as análises incorretas. A falta de balanceamento nos pneus e falhas no sistema de direção podem favorecer a ocorrência de vibrações.

Pedal duro ou baixo

Os motivos para o endurecimento do pedal ou o seu desnivelamento são os seguintes:

  • pastilhas de baixa qualidade;

  • problema no servo freio;

  • falhas entre o servo freio e o pedal.

Devemos mencionar que o vazamento de fluidos no sistema de frenagem também favorece a queda do pedal, fazendo com que ele quase toque o assoalho. Nesse caso, é preciso verificar se o escoamento ocorre:

  • nas tubulações rígidas ou flexíveis;

  • no cilindro mestre;

  • nos cilindros de rodas ou nas pinças.

Por isso, é importante verificar o nível de fluido no reservatório. Também existe a possibilidade de o pedal baixar por causa do uso constante, excesso de água no sistema ou presença de ar na tubulação.

Além do mais, todos esses sinais provam que a falta da troca das pastilhas afeta outros componentes do automóvel. As consequências disso são o mau funcionamento do veículo e o aumento dos gastos. Por isso, ressaltamos a necessidade de orientar seus clientes com relação à frequência de manutenção das pastilhas de freio.

Quando substituir as pastilhas de freio?

Esse período varia entre os diferentes veículos e propósitos. No caso de uma picape da Polícia Militar, por exemplo, com o uso pesado e constante, as podem apresentar uma durabilidade de apenas pastilhas 15 mil km. Nas mãos de um condutor convencional, a mesma picape e as mesmas pastilhas apresentariam uma durabilidade de até 40 mil km.

Sendo assim, a melhor recomendação está na assiduidade das manutenções, que poderão indicar o desgaste acelerado e a eventual substituição preventiva. As revisões periódicas das pastilhas a cada 5 mil km podem ser fundamentais e evitar acidentes.

Monitorando regularmente a integridade do sistema de freio, você terá a garantia do funcionamento adequado e sem surpresas desagradáveis. Durante essas revisões, você deverá avaliar a integridade dessas peças, procurando por fissuras entre a região de atrito e a plaqueta metálica, a fim de minimizar as situações de quebra.

Além da evidente preocupação quanto à solidez das pastilhas de freio, pode ser interessante considerar o conforto entregue por cada uma delas, identificando componentes de fabricantes que minimizam os ruídos causados pela frenagem.


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